ATLÉTICO VENCE O SUPER CLÁSSICO E GARANTE O VICE CAMPEONATO DO BRASILEIRÃO 2012, E A FASE DE GRUPOS DA LIBERTADORES DE 2013

03/12/2012 19:07

POR: CLÉVER ASSUNÇÃO

Bernard comemora o primeiro gol do clássico (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)FONTE: GLOBO.COM 

Foi um clássico sensacional. Com um público de 21.232 pagantes na Arena Independência, e uma renda de R$ 753 mil Reais, o Atlético venceu o Cruzeiro por 3(três) tentos a 2(dois), ficou com o vice campeonato brasileiro, alem de confirmar sua participação na fase de grupos da Copa Libertadores das Américas de 2013, isto porque no outro jogo realizado em Porto Alegre o Grêmio só empatou com o Internacional em 0(zero) a 0(zero), em um jogo muito tumultuado, e com muita pressão prá cima do árbitro paranaense: Héber Roberto Lopes.

O jogo foi eletrizante do princípio ao fim, devido à grande rivalidade das duas equipes. O Atlético começou a partida com um maior ritmo de jogo e viu o Cruzeiro reagir ao longo da partida.

Enquanto a massa atleticana fazia festa nas cadeiras da Arena Independência, o galo abriu o placar. Aos 4’ minutos da etapa inicial, num cruzamento pela direita de Guilherme, o zagueiro cruzeirense  Leandro Guerreiro afastou mal e o garoto revelação do Brasileirão, de acordo com a CBF, pegou um petardo na bola, que estufou as redes do goleiro Fábio, que nem se mexeu no lance, num golaço do camisa 7 do galo.

O jogo estava aberto. Era lá e cá, com o árbitro Paulo César de Oliveira tendo muito trabalho para conter os ânimos dos jogadores e da comissão técnica das equipes.

Salienta-se que logo no início da partida, o volante Pierre do Atlético, foi apenas advertido pelo árbitro paulista Paulo César de Oliveira, quando o mesmo deveria ter sido expulso, isto porque numa boa arrancada do lateral Everton o atleticano Pierre derrubou o lateral cruzeirense, quando o mesmo partia em direção ao gol, impedindo uma situação clara e manifesta de fazer o gol.

O jogo continuou acelerado e pegado. Aos 20’ minutos o time cruzeirense teve uma ótima oportunidade de empatar a partida, quando o meio campista Marcelo Oliveira cruzou, Anselmo Ramon raspou na bola, que sobrou para Tinga. O volante chutou na trave, e o goleiro Victor acabou fazendo a defesa, afastando o perigo que rondava a meta alvinegra.

Aos 28’ minutos foi a vez do Atlético dar a resposta. Do jeito que ele gosta, o jogador Ronaldinho Gaúcho deu uma arrancada espetacular, se livrou da marcação de Tinga no meio campo e disparou em direção ao gol de Fábio. Na entrada da área, R49, tocou para Guilherme, que, mesmo livre, chutou para fora, perdendo a oportunidade de ampliar o placar.

Aos 36’ minutos, o Atlético teve outra grande oportunidade de novamente ampliar o placar, quando o centroavante Jô foi derrubado dentro da área por Leandro Guerreiro. Pênalti claro, que o árbitro bem colocado marcou. Ronaldinho foi para a cobrança e o goleiro Fábio fez uma boa defesa, evitando que o galo ampliasse o placar. Resta salientar que no momento da cobrança da penalidade máxima, houve uma invasão de área do zagueiro cruzeirense Thiago Carvalho, o que deveria ter originado uma nova cobrança da penalidade, fato este que não aconteceu, errando novamente o árbitro paulista Paulo César de Oliveira.

Já nos acréscimos da partida, o Cruzeiro foi premiado pelo seu esforço no primeiro tempo de jogo com o gol de empate. Aos 46’ minutos, o armador Montillo fez boa jogada pelo lado direito do campo e cruzou para a área atleticana. Martinuccio cabeceou bonito e com precisão, fazendo um belo gol e deixando tudo igual no primeiro tempo de um ótimo clássico.

No segundo tempo, o bicho pegou e o clima em campo esquentou. Logo aos 5’ minutos, o zagueiro Thiago Carvalho deu um passe açucarado para o lateral Everton que invadiu a área e chutou a bola com muita categoria para o fundo das redes do goleiro Victor que nada pôde fazer.

Minutos depois Tinga e Leandro Donizete se desentenderam em campo, trocaram empurrões e foram bem expulsos pelo árbitro Paulo César de Oliveira.

Com a expulsão do volante Tinga, o Cruzeiro recuou muito e o Atlético partiu prá cima, ganhando campo.

E não deu outra. Aos 17’ minutos, pressionado por Ronaldinho Gaúcho dentro da área, Marcelo Oliveira jogou contra o próprio patrimônio e marcou contra. No entanto o árbitro anotou na súmula do jogo, gol para o Leonardo Silva, que havia cabeceado a bola, antes do desvio do volante azul.

Minutos depois o meio campista cruzeirense Charles deu uma entrada violenta no jogador atleticano e também deveria ter sido expulso pelo árbitro que ignorou a entrada dura do jogador azul.

Aos 20’ minutos, Montillo teve o gol escancarado para colocar novamente o Cruzeiro à frente no marcador, mas o lateral Richarlyson com o pé salvador, conseguiu desviar a bola para a linha de fundo, evitando aquele que seria o terceiro gol do Cruzeiro.

Aos 25’ minutos foi a vez do goleiro Fábio fazer uma excelente defesa e evitar o gol atleticano. O grandalhão Jô cara a cara com o goleiro Fábio deu uma testada na bola e arqueiro cruzeirense fez uma excelente defesa.

Aos 29’ minutos, Ronaldinho Gaúcho cobrou escanteio e Réver deu uma testada na bola com muita precisão, desempatando outra vez a partida, para alegria dos mais de vinte e um mil atleticanos que fazia a festa nas cadeiras da Arena Independência.

Após o terceiro gol do galo, a torcida atleticana ainda comemorou a expulsão do jogador Anselmo Ramon, que cometeu falta em Marcos Rocha e foi bem expulso pelo árbitro, em decorrência do segundo cartão amarelo.

No finalzinho do jogo, o Cruzeiro teve a grande chance de novamente empatar a partida com o zagueiro Leandro Guerreiro, fato este que não aconteceu.

Final na Arena Independência, Atlético Mineiro 2º colocado 3(três) X Cruzeiro 9º colocado 2(dois).

Após o apito final do árbitro, jogadores e comissão técnica continuaram em campo esperando o final do jogo em Porto Alegre, entre Grêmio e Internacional que ficaram no empate em 0(zero) a 0(zero), o que garantiu vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores das Américas em 2013.

Os jogadores e a torcida comemorou muito o vice campeonato nacional, como se fosse uma conquista de títulos e o Presidente Alexandre Kalil, em entrevista coletiva, foi gentil e respeitou o Presidente do Cruzeiro Dr Gilvan de Pinho, elogiando a festa da torcida atleticana e prometendo mais reforços para a próxima temporada.

Apitou Atlético Mineiro 3(três) X Cruzeiro 2(dois), Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)-(Nota 4,0).  – Arbitragem regular. Jogo bastante truncado, e até certo ponto com jogadas violentas. Deixou de marcar faltas claras existentes durante a partida. Deixou de expulsar o jogador Pierre do Atlético, no início do primeiro tempo, quanto o jogador atleticano derrubou o jogador Everton do Cruzeiro, quando o mesmo já ia invadindo a área e tinha uma oportunidade clara e manifesta de marcar o gol. Neste lance o árbitro paulista apenas advertiu o jogador Pierre com cartão amarelo. Deixou de expulsar o jogador Charles do Cruzeiro, quando o jogador deu uma entrada violenta no jogador atleticano no meio de campo. Foi muito econômico nos cartões amarelos, fazendo vistas grossas em alguns lances, que eram passíveis de cartões amarelos. Acertou ao marcar a penalidade máxima cometida por Leandro Guerreiro em cima do jogador Jô, mas errou ao não advertir com cartão amarelo o jogador cruzeirense pela penalidade máxima cometida no lance. Na cobrança da penalidade feita por Ronaldinho Gaúcho o goleiro Fábio fez uma boa defesa, mas houve invasão da área no momento da cobrança da penalidade máxima, portanto a cobrança deveria ter sido repetida, fato este que não aconteceu. O árbitro acertou nas expulsões dos jogadores Tinga do Cruzeiro e Leandro Donizete do Atlético, que trocaram empurrões durante disputa de bola no centro do gramado. Expulsou com acerto o jogador Anselmo Ramon da equipe do Cruzeiro, em decorrência do segundo cartão amarelo. Portanto a parte disciplinar, bem como a parte técnica do árbitro ficou comprometida, apesar do clássico ter sido um jogo muito disputado e que deu muito trabalho para o paulista Paulo César de Oliveira. - Ele foi auxiliado pelo Assistente nº1: Emerson Augusto de Carvalho (SP). Auxiliou com correção o trabalho do Árbitro. Bem colocado, marcou com precisão os impedimentos da partida. (Nota 8,0 ) – Assistente nº2:  Marcelo Carvalho Van Gasse (SP). (Nota 8,0). A exemplo do assistente nº1, foi muito bem na partida.  

CONFIRA ABAIXO A FICHA TÉCNICA DO JOGO.

 

CAMPEONATO BRASILEIRO– 2012

SÉRIE: “A” – Arena Independência

38ª RODADA – 02/12/2012 – DOMINGO - HORÁRIO: 17:00 H.

         ATLÉTICO MINEIRO   3                 X          CRUZEIRO E.C.    2

 

Victor 8,0

Fábio 8,0

Marcos Rocha 8,0 (CA)  

Ceará 8,0

Leonardo Silva 9,0

Thiago Carvalho 7,0 (CA)

Réver 9,0

Leandro Guerreiro 7,0

Richarlyson 8,0 / Triguinho 6,0

Everton 8,0 / Souza 6,0

Pierre 8,0 (CA)  

Marcelo Oliveira 7,0

L.Donizete  7,0 (CV)

Charles 7,0 (CA)

Ronaldinho Gaúcho 7,0 (CA)

Tinga 8,0  (CV)

Guilherme  7,0 / Neto Berola 8,0

Montillo 8,0 / Elber 6,0

Bernard 9,0

Martinúcio 9,0/ W.Paulista 6,0

Jô 8,0

Anselmo Ramon 6,0 (CAV)

Técnico: Cuca 9,0   

Técnico: Celso Roth 7,0

Público Pagante: 21.232

GOLS DO ATLÉTICO MINEIRO: - Bernard aos 4’minutos do 1º tempo. – Leonardo Silva aos 17’ minutos do 2º tempo. – Réver aos 29’ minutos do 2º tempo.

Renda: 753.000,00

GOLS DO CRUZEIRO: - Martinúccio   aos 46’ minutos do 1º tempo.  – Everton aos 5’ minutos do 2º tempo.

 

 

Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)-(Nota 4,0). Arbitragem regular. Foi muito mal na parte disciplinar, apesar de ter expulsado acertadamente 3(três) jogadores: Tinga e Anselmo Ramon do Cruzeiro e Leandro Donizete do Atlético. Deixou de expulsar o jogador Pierre ainda no primeiro tempo de jogo, quando o jogador impediu uma situação clara e manifesta de gol ao derrubar o lateral Everton do Cruzeiro. Deixou de expulsar o jogador Charles da equipe do Cruzeiro quando o mesmo deu uma entrada violenta no jogador atleticano, no centro do gramado. Acertou ao marcar a penalidade máxima do zagueiro Leandro Guerreiro em cima do atacante Jô, porém não aplicou cartão amarelo no jogador cruzeirense. Na cobrança da penalidade máxima do jogador Ronaldinho Gaúcho o goleiro Fábio fez boa defesa, porém houve uma invasão da área no momento da cobrança, por parte do zagueiro do Cruzeiro. O árbitro deveria ter mandado voltar a cobrança, fato este que não aconteceu beneficiando o infrator que cometeu a penalidade máxima.  Foi muito econômico na aplicação dos cartões amarelos.  

A.1. Emerson Augusto de Carvalho (SP). -(Nota 8,0). Bem colocado, assinalou com acerto os impedimentos do jogo, contribuindo positivamente com o trabalho do árbitro central.

A.2. Marcelo Carvalho Van Gasse (SP). –(Nota 8,0). A exemplo do Assistente nº1, fez um ótimo trabalho, fazendo intervenções positivas durante a partida.

4º Árb.: Pablo dos Santos Alves(ES)